Andando
mesmo sem esperança
e com o movimento de sobreviver
Castigando e cortando navalhas
O corpo sempre responde
andando
para momentos de alegria contida
Quase sempre escassos
Quase sempre calados
Como se a máquina rastejante
não fosse feita para rir
Vida que não perdoa
Vida que segue
Vida que atropela
Sermões de ânimo
com dízimo nas mãos
transformam pastores
em comerciantes de fé
para as almas que temem parar
Andando sempre
o circo tem platéia cativa
balançando as jóias
O show não pode parar
Mas o fim me parece o início
do descanso
de quem conta moedas
para andar ainda mais atrás de outras
Andemos sem parar
nem mesmo para refletir
Sem desanimar
Talento e sarcasmo, dentro de um
ResponderExcluirinfinito de possibilidades.
Eis que se acende uma luz criativa
nesses tempos de treva...
Forte abraço e sucessivos sucessos!!!