Se eu não me destruísse
Se não despertasse
Pode nem saber
Junto caminho só
Culturalmente curtido pelo mundo
Namorando, traindo o meu olhar
O eterno termina sempre amanhã
Contido, caio em luto
Sentimentos em tocaia
Mudo realmente calado
Portais de loucura entreabertos
Som sempre acima
Confortável exposto
Alegria compulsiva de ferida aberta
Sigo tendo o sofrimento ignorado
Pelos watts de energia persuadindo
o mundo a ter um Calvin Klein
Pelo coma profundo dos cacos
de um antigo aparelho de chá
dormindo numa obra de Galdi
Pela ferrugem que corrói um
importante parafuso que suporta
a bela torre de Paris
Pelos acordes mais famosos,
prensados em vinil,
vendidos numa loja em Liverpool
Pelos abraços que Vênus de Milo
nunca me deu
Até mesmo pela ausência do medo
daquele silêncio que precede o fim
Se eu despertasse
Se eu não me destruísse
Nessa loucura que é viver
24.10.10
19.10.10
Derby Final
Aos irmãos Glauco e Rochele, na alegria do padrinho pela união
Game Over
A pelada de várzea perdeu a graça
Futebol em campo careca
e meião furado
Agora é pra valer
Com estádio de primeira
e bola de Copa do Mundo
Dia 30 de outubro vai começar
Campeonato Brasileiro de dois Clubes
Vasco e Grêmio
em emoção de arquibancada lotada
Jogos de ida e volta no mesmo estádio
Jogos de milhões de minutos
Jogos que apenas o empate interessa
aos dois clubes
e que seja regado de belos gols
O juiz vai iniciar a partida
E pela importância do clássico
É melhor mandar dois
Um de batina abençoando,
outro com mantra celebrando
Vai começar o esperado derby
Isso é que traz emoção
Meu lugar já está reservado
bem perto do campo
Os dois times serão campeões
Game Over
A pelada de várzea perdeu a graça
Futebol em campo careca
e meião furado
Agora é pra valer
Com estádio de primeira
e bola de Copa do Mundo
Dia 30 de outubro vai começar
Campeonato Brasileiro de dois Clubes
Vasco e Grêmio
em emoção de arquibancada lotada
Jogos de ida e volta no mesmo estádio
Jogos de milhões de minutos
Jogos que apenas o empate interessa
aos dois clubes
e que seja regado de belos gols
O juiz vai iniciar a partida
E pela importância do clássico
É melhor mandar dois
Um de batina abençoando,
outro com mantra celebrando
Vai começar o esperado derby
Isso é que traz emoção
Meu lugar já está reservado
bem perto do campo
Os dois times serão campeões
14.10.10
Bandeides Coloridos
De onde vem essa euforia, pulsante
Sem efeito colateral
Esse cara não tem problema, não
De onde vem esse sorriso, debochado
Voltando outra vez
Quero mais
Não entender
Quadro sem moldura,
em armário qualquer
De onde vem essa tristeza
Cortando lágrimas
Tom de melancolia, em si bemol
Confundindo tudo com paz
Quero mais é vadiar
Puta de cabaré na Mauá
Batom irretocável, borrão
Sei é de onde vem o amor
Em seu sorriso de novidade
Carinho de sétimo andar
Na cura de toda dor,
em bandeides coloridos
Quero mais,
nunca sair de seus braços
Entre abraços
Onde mais fico sentimental
Sem efeito colateral
Esse cara não tem problema, não
De onde vem esse sorriso, debochado
Voltando outra vez
Quero mais
Não entender
Quadro sem moldura,
em armário qualquer
De onde vem essa tristeza
Cortando lágrimas
Tom de melancolia, em si bemol
Confundindo tudo com paz
Quero mais é vadiar
Puta de cabaré na Mauá
Batom irretocável, borrão
Sei é de onde vem o amor
Em seu sorriso de novidade
Carinho de sétimo andar
Na cura de toda dor,
em bandeides coloridos
Quero mais,
nunca sair de seus braços
Entre abraços
Onde mais fico sentimental
5.10.10
Rota de Fuga
Somos muito
Tempo de estrada sem lados
Podemos seguir, voar em outros mundos
Mas na consistência da sua boca,
Inconseqüente
Meu inferno vira
Desfile de versos perfeitos
Meus medos,
Um punhado de cicatrizes banais
Límpido, ávido, transparência
Dentro dos seus olhos,
Surpreendentes
Espelho de sorriso bobo
Minha tristeza
Sai em rota de fuga
Rota 66
Meus pesadelos
Sono de criança
Entrelaçada
No rebolar do teu corpo
Perplexo
Meu mundo vira
Fragmento, complemento de alegria
Meu sossego
Um show dos Stones
Num Central Park lotado
Quero ficar por aqui
Sem ter pra onde ir
Esperando pra te mastigar
Irretocável
No escuro, em um canto
Compulsividade
Movimentos involuntários, incontroláveis
Tempo de estrada sem lados
Podemos seguir, voar em outros mundos
Mas na consistência da sua boca,
Inconseqüente
Meu inferno vira
Desfile de versos perfeitos
Meus medos,
Um punhado de cicatrizes banais
Límpido, ávido, transparência
Dentro dos seus olhos,
Surpreendentes
Espelho de sorriso bobo
Minha tristeza
Sai em rota de fuga
Rota 66
Meus pesadelos
Sono de criança
Entrelaçada
No rebolar do teu corpo
Perplexo
Meu mundo vira
Fragmento, complemento de alegria
Meu sossego
Um show dos Stones
Num Central Park lotado
Quero ficar por aqui
Sem ter pra onde ir
Esperando pra te mastigar
Irretocável
No escuro, em um canto
Compulsividade
Movimentos involuntários, incontroláveis
2.10.10
Palavras
Palavras, copos, pés,
som em fundo azul
Sentidos esquecidos
dentro de um baú,
Junto com as fotos e frases
onde nunca usarei
sem responsabilidade,
sem nenhuma razão
Queimam num lindo fogo
em tom pôr do sol
no Arpoador
Fumaça que intoxica
restando
as cinzas do crematório
indo bem fundo
mar absorvendo toda dor,
amanhecer em claro,
choro em prantos
Perda, proteção, intuição
E mais um amor eternizado
Enterrado, lembrado, calado
Sem lua, sem noite,
chovendo lá fora e dentro da mente
confusa, perversa, brilhante
Esperando incubadora
no amanhecer sereno
gritando sentidos terceiros,
liberdade no nascimento,
vida nova, novamente
Sem fraudas, choro, traumas
Cativando sabedoria ingênua,
alegria desprovida de medo,
paz sem conhecimento perigoso do fim
Crescer, viver, morrer,
até acertar o alvo no centro
sem saber mirar
sem arco nem fecha,
olhar nublado, distorcido,
cheio de possibilidades distantes
Sem trevas, enigmas, teoremas
Solidão, então
Você, um tempo
Um dia, remoto
Saudades de um corpo, vida
Olhar de menina, segurança
Maturidade, tardia
Cheiro, pele, amor
Calafrios, arrependimentos, passado
Casamento, coisa, medo
Diversão, você, lar
Stoneall, castiçal, seda
Estilo, flores, show
Dinheiro, cultura, ilusão
Caetano, frio, escuridão
Família, distância, percepção
E nem fez mal,
e nem fez bem
Fizeram apenas palavras
som em fundo azul
Sentidos esquecidos
dentro de um baú,
Junto com as fotos e frases
onde nunca usarei
sem responsabilidade,
sem nenhuma razão
Queimam num lindo fogo
em tom pôr do sol
no Arpoador
Fumaça que intoxica
restando
as cinzas do crematório
indo bem fundo
mar absorvendo toda dor,
amanhecer em claro,
choro em prantos
Perda, proteção, intuição
E mais um amor eternizado
Enterrado, lembrado, calado
Sem lua, sem noite,
chovendo lá fora e dentro da mente
confusa, perversa, brilhante
Esperando incubadora
no amanhecer sereno
gritando sentidos terceiros,
liberdade no nascimento,
vida nova, novamente
Sem fraudas, choro, traumas
Cativando sabedoria ingênua,
alegria desprovida de medo,
paz sem conhecimento perigoso do fim
Crescer, viver, morrer,
até acertar o alvo no centro
sem saber mirar
sem arco nem fecha,
olhar nublado, distorcido,
cheio de possibilidades distantes
Sem trevas, enigmas, teoremas
Solidão, então
Você, um tempo
Um dia, remoto
Saudades de um corpo, vida
Olhar de menina, segurança
Maturidade, tardia
Cheiro, pele, amor
Calafrios, arrependimentos, passado
Casamento, coisa, medo
Diversão, você, lar
Stoneall, castiçal, seda
Estilo, flores, show
Dinheiro, cultura, ilusão
Caetano, frio, escuridão
Família, distância, percepção
E nem fez mal,
e nem fez bem
Fizeram apenas palavras
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