26.5.10

Meia Furada

Nunca soube fazer contas
Nunca soube medir o tempo
Telefones sempre gritam

Nunca soube viver em paz
Nunca soube voar
Nunca soube cantar
E nunca prensei um vinil

Escrevo apenas poemas baratos
Melancolia de dia cinza
Daqueles fáceis de chorar

Nunca soube ganhar dinheiro
Nunca soube sonhar
Nunca soube atirar
Mas grito como cão viciado

Nunca soube julgar o frágil
Momentos onde sou normal
Percebo a facilidade de morrer
Te vendo chorar
Num canto qualquer
Sem sol

Fragmento assimétrico de tristeza

Nenhum comentário:

Postar um comentário