Nunca soube fazer contas
Nunca soube medir o tempo
Telefones sempre gritam
Nunca soube viver em paz
Nunca soube voar
Nunca soube cantar
E nunca prensei um vinil
Escrevo apenas poemas baratos
Melancolia de dia cinza
Daqueles fáceis de chorar
Nunca soube ganhar dinheiro
Nunca soube sonhar
Nunca soube atirar
Mas grito como cão viciado
Nunca soube julgar o frágil
Momentos onde sou normal
Percebo a facilidade de morrer
Te vendo chorar
Num canto qualquer
Sem sol
Fragmento assimétrico de tristeza
Nenhum comentário:
Postar um comentário