Para Duda Pinheiro
Quando penso que tudo se fez nada
Cadê teu olhar, minha segunda pele
Cadê minha derrota,
que só alegria não satisfaz
Cadê minha bicicleta
Cadê meus pais
Não consigo mais sentir dor
Mesmo que uma suave lágrima
escorrendo, solitária
Peco, como um sorriso frouxo
De perto os sonhos
dispersam, despencam
e deixo tudo virar um som
Cadê meu móbile
Cadê minha cara,
escondida nos pelos que teimam crescer
Cadê meu ciúme, seguro
Cadê você,
que foi dormir entre meus anjos
Perdi tudo quando te vi
primeiro choro
em primeiro colo, em solo
Atrás das tardes e de um sol
que cisma em morrer
marcando meu compasso
gastando nosso momento.
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