Reservei-te a melhor parte
do meu vazio, meu amor.
Mutação do teu veneno em remédio
parando aquele olhar.
Agora vem falar de amor.
Com fotos em branco daquele
sonho que morreu intocado.
Minha mente é mais
que teu corpo
insensatez e insensibilidade.
Escambo de sentimentos
atropelando o inacreditável sentido
das flores do nosso jardim,
transpassando os túneis
luminosidade incessante
final do que parece eterno.
Removem-se paredes sem base
tão facilmente quanto acredito
no término da busca.
Agora vem falar de amor.
Como uma tese padrão
de conceitos complexos
e resultados brilhantes.
Não desafie a sabedoria
de minhas rugas.
Reservei-te as mais lindas
flores mortas, meu amor.
Reservei-te toda a magnitude
do meu cinismo, meu amor.
Reservei-te todo meu verdadeiro
e incontrolável amor próprio,
meu adeus.
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